segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ataque poderoso sem artilheiros é a arma do Avaí

O que se pode esperar de uma equipe que não conta com sequer um jogador na lista dos dez principais artilheiros de determinada competição? Geralmente tal fato é característico de um ataque pobre e ineficaz. Pois o Avaí, segundo colocado da Série B do Campeonato Brasileiro 2008, desfaz estas desconfianças e atualmente tem a frente ofensiva mais positiva da competição.
Alguns lembrarão que o atacante Vandinho deixou o clube recentemente para jogar no Flamengo. Porém, mesmo ele sendo um dos artilheiros da temporada do futebol brasileiro, marcou não mais do que seis tentos pela equipe catarinense na Série B. Além disso, o time não tem sentido muito sua falta e os gols estão acontecendo com a mesma fluidez de antes.
Com quarenta e um gols anotados até então, o Avaí tem vários jogadores que marcaram entre duas e seis vezes no campeonato. Quando se consegue chegar a este ponto, fica claro que tal time está muito bem treinado, pois a ausência de um jogador importante em algum jogo pode ser perfeitamente suprimida por outro que venha do banco de reservas ou mesmo por aqueles da linha que compõe o onze titular.
Este mérito deve ser dividido entre o treinador Silas e os dirigentes do clube, que souberam contratar e montar um grupo capaz de manter uma homogeneidade nas mais variadas partidas e situações que a competição propõe. O resultado pode ser conferido no bom equilíbrio que os setores do time têm demonstrado, com uma defesa que também merece os elogios por ser a terceira menos vazada.
De certa maneira, tais números interessantes da campanha do Avaí se confundem com a própria carreira de jogador do agora técnico Silas. Atleta de excelente forma física, o ágil meia direita fez parte do grande time do São Paulo campeão Brasileiro de 1986. Silas foi também ídolo do San Lorenzo, da Argentina, nos anos 90. Além disso, participou de duas Copas do Mundo. Apesar deste vasto e rico currículo, Silas nunca foi aquele jogador de aparecer demasiadamente na mídia ou virar unanimidade nacional. Sua postura discreta talvez tenha impedido que sua posição de titular nas Copas do Mundo fosse assegurada. Mesmo assim, sempre trabalhando com discrição, conseguiu títulos que poucos atletas podem contar na carreira, além do fato relevante de ter se consagrado entre nuestros hermanos, algo complicado pela conhecida rivalidade entre os dois países.
E é com este jeito, sem chamar muita atenção nos números, mas fazendo da Ressacada uma verdadeira arapuca para os adversários, que o técnico Silas e o elenco do Avaí caminham firme rumo à elite nacional. Ganha o futebol brasileiro, com a afirmação de jovem treinador, e ganham também os olhos do torcedor, com a atenção cada vez mais voltada para a linda cidade de Florianópolis.
Fonte: Henrique Coelho - Site FBA Futebol

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