sábado, 11 de outubro de 2008

Desempenho dos jogadores Avaianos

Bom, eu ia fazer um análise individual dos jogadores do Avaí na partida, mas a análise do Rogério do Blog Elite foi tão boa, que vou pedir a permissão e publíca-la aqui.

Eduardo Martini - já vamos ter que começar com nota máxima. O que foi aquela defesa na cabeceada no chão dada pelo atacante do Criciúma? E aquela seqüência de defesas a queima roupa? Martini é o cara. Nota 10.


Arlindo Maracanã - justificou com sobras a sua escalação. Com o Ferdi temos força e velocidade, mas perdemos um pouco na qualificação das bolas cruzadas. Maracanã botou na cabeça de Evando a bola do primeiro gol, lembrando cruzamento de futebol europeu. Não satisfeito, o lateral multicampeão do nordeste fechou a goleada. E não deixem de ver: a câmera atrás do gol mostra o momento em que o nosso ala levanta a cabeça 2 vezes para olhar o goleiro e fuzilar. Nota 9.


André Turatto - tem pinta de zagueiro campeão. Tem a raça e a qualidade técnica típica do grupo. Foi muito bem nas bolas aéreas e encaixou ao lado de Émerson. Barrou o Jardel no primeiro tempo e deu qualidade nas saídas de bola. Nas incursões de canindé teve um pouco mais de dificuldade. No terceiro pênalti batido por William, Turatto proporcionou uma cena engraçada: ficou de costas para o gol, aguardando apenas a manifestação da torcida. Depois comemorou muito. Nota 8.


Émerson - é o xerife e a elegância num só jogador. Raça e técnica aliada à altura parecem ser os ingredientes para deixá-lo sempre calmo e soberano na primeira bola e nas difíceis disputas "mano a mano" com atacantes rápidos. Deu um banho! Nota 9.


Jeff Silva - Esse sim é o nosso talismã. Nosso ala-rasta, o jamaicano, não é fácil. Pedalou para todos os lados e apoiou com muito mais qualidade. Seus cruzamentos foram uma constante e na marcação esteve sempre presente. Sobrou em campo e fez uma grande partida. Evolui a cada jogo. Nota 9.


Marcos Vinícius - joga para o time, mas é o grande motivador, ao lado de Batista, para as saídas e tabelas de Marquinhos e Válber. No jogo fez poucas faltas e roubou a maioria das bolas que disputou. Forte também na segunda bola, Marcos Vinícius é o famoso "carregador de piano". Pena que o Sérgio Pereira não pôde acompanhar in loco mais uma bela jornada do nosso "número 5". Nota 8.


Batista - desse jogador não temos mais o que falar. Dizer o quê de um segundo volante que marca o tempo todo "o seu" e o "dos outros". Batista não erra passe e entrega a bola pro Marquinhos com o carinho de quem deixa um filho na porta do colégio. Além disso tá sempre com aquela "carranca" perto do árbitro, com cara de quem não recebeu o décimo terceiro ainda. Repito: Batista é a sustentação do time do Avai. E a imprensa dizia que ele não era jogador para o Avai. Esse também é o cara! Nota 10.


Marquinhos - o galego de Biguaçu tá gastando a bola. De novo foi o Maestro e proporcionou toques rápidos com Válber que acabaram com o meio campo do Criciúma. No segundo tempo mais uma jogada de gênio: por duas vezes Marquinhos ameaça lançar Maracanã, mas observa que ele se encontrava impedido. Sua ameaça fez com que o zagueiro se adiantasse e deu condições para o passe que levou ao gol. Não satisfeito, deu uma "caneta" no Luiz Mário, na frente das sociais, mais ou menos comos os gladiadores se exibiam aos Imperadores nas grandes lutas do Coliseu. Marquinhos é o cara duas vezes! Nota 10.


Válber - no primeiro tempo Válber voltou a ser aquele Válber, não tem? Veloz, com toque rápido, drible eficaz, só sendo parado nas faltas. Ao lado de Marquinhos ele se sentiu a vontade para o aproach (hoje eu tô nojento!) e quase domina na entrada da área para marcar um golaço. No segundo tempo, com a entrada de Abuda e Joelson, que fecharam muito pelo meio, Válber se apagou e acabou destacando-se por ajudar a marcação no meio. É o titular da posição. Nota 9.


Evando - olê, olêêê........ olê, olê, olááááá o Evando vem aí e o bicho vai pegar! Não tem jeito, o homem tem faro de gol. Com seis minutos Evando disputa com um zagueiro duas vez maior que ele, dá um passo prá trás, uma pequena entortada no pescoço a 60 graus eeeeee .....GOLAÇO, EVANDO!!! Movimentou-se o jogo todo, como sempre, recuperando-se da apática apresentação de Caxias do Sul. Não é individualista, joga para o grupo e é o verdadeiro companheiro de ataque para o William. Foi substituído por motivo tático e ficou chateado, porque na verdade é um "fominha", mas sabe da sua importância prá nós. Valeu, Evando! Nota 9.


William - com excesso de vontade bateu o primeiro pênalti como um troglodita e ainda foi prejudicado pela antecipação do goleiro. Depois respirou e bateu com a classe que só um craque tem. William encantou a todos novamente pela doação ao grupo e pelo conhecimento da posição. É um autêntico centroavante que disputa 100% das bolas. Lembrem-se daquela jogada ao final do primeiro tempo em que a zaga do Avai deu um bago e a bola caiu lá em cima entre o William e os dois zagueiros: strike!!! Não ficou ninguém em pé para contar a história e ele ainda saiu com a bola dominada. É raça pura! Nota 9.


Joelson - visivelmente sem ritmo de jogo. Joelson é um bom jogador e que tem identidade com boa parte da boa torcida (aquela que não ouve rádio, não tem?). Tá na cara que vamos precisar dele e Silas fez bem em colocá-lo para dar ritmo de jogo. Quando entrou já estava 3 x 0, a defesa e o meio campo do Avai "tiraram o pé do acelerador" , o que acabou redundando na falta de abastecimento a Joelson e Abuda. Nota 7.


Abuda - o mesmíssimo comentário de cima.Com a diferença que Abuda já foi, neste mesmo campeonato, o grande jogador do Avai. Mais uma partida ele volta ao ritmo de jogo e a ser o "velho" Abuda que conhecemos. Nota 7.


Cássio - bastou poucos minutos para demonstrar sua maior qualidade: a velocidade. Ganhou todas as bolas por baixo e ainda deu uma subida ao ataque, jogando como um "falso zagueiro". Cássio é mais um dos nossos "titulares", mas enquanto a Fifa só permitir 11 em campo nossos guerreiros vão ter que aceitar esse difícil revezamento proposto pelo "comandante". Nota 8.


Silas - esse sim é um predestinado. Mas só o é porque trabalha, trabalha, trabalha. Silas pensa o Avai 24 horas por dia. É um estudioso. Sua inteligência e obstinação pela perfeição é reconhecida pelos atletas que, como forma de agradecimento, lhe devolvem em campo com muita raça e futebol. Entrou bem com Turatto e Maracanã. Esse último decidiu o jogo já que deu o passe para o primeiro gol e fechou a goleada. E se o Marcanã não jogasse bem? Todos iriam dizer: " - Porque não botou o Ferdi?". Muito simples: porque Silas treina, treina, treina e sabe o que é melhor. Vocês viram o Jeff Silva? Porque vocês acham que ele tá jogando tanto? Treino, treino, treino. Silas foi perfeito no jogo. Minha única ressalva é em relação à sua educação. Silas é muito educado, responde a tudo na entrevista coletiva. Parou para explicar que tirou o Evando "por questões táticas" e levou porrada do Roberto Alves. Explicou que colocou o Abuda para dar ritmo e levou porrada do M.A.L. Além disso, atrás do banco de reservas ainda teve que aturar um imbecil de um avaiano (será que é avaiano?) que ficou o tempo todo chamando ele de burro. Dá para acreditar? Silas é o melhor treinador do campeonato brasileiro A e B. Nota 10.

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